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A Importância De Novas Metodologias Na Era da Aprendizagem

Na Era do Lifelong Learning em que o aprendizado permanente se faz necessário, antigas metodologias dão lugar a novos processos de aprendizado que preconizam os estudos continuados. 

Na tradução livre, “Lifelong Learning” é um termo em inglês que significa “aprendizado ao longo da vida”, ou seja, um conceito que estabelece a educação contínua em todas as fases da vida. O que isso quer dizer? Resumidamente, o termo trata da ideia de que os ciclos de aprendizado devem ser permanentes, ao invés de ficar retido apenas em um curto período da vida de cada um. 

O conceito vai diretamente contra o que ainda é muito praticado atualmente, mesmo com o advento da internet junto com a velocidade da informação. A ação de cumprimento dos estudos nos anos escolares e, posteriormente, se encerrando com a graduação, definitivamente não se aplica em nada no lifelong learning. Isso porque a teoria é apenas uma parte e muito pequena da qualificação. 

Para o real crescimento, seja ele profissional ou pessoal, temos que estar aptos ao desenvolvimento independente da faixa etária, sempre levando em consideração que sempre é tempo de aprender coisas novas e aperfeiçoar habilidades já adquiridas. 

Objetivamente lifelong learning é muito claro no estímulo à continuidade dos estudos, não necessariamente com a inclusão de novos anos na educação básica ou na formação profissional. 

O conceito leva em consideração o pilar fundamental da expansão do aprendizado a partir da vontade própria do indivíduo sem que essa responsabilidade seja, necessariamente, atrelada às instituições de ensino. Ou seja, a busca pelo conhecimento tem que acontecer de maneira voluntária e proativa de cada um. 

Observando o mundo atual, é simples compreender as razões nessa proatividade em busca do desenvolvimento pessoal. Para isso, basta observar o mercado e o cenário corporativo que, cada vez mais, precisa de profissionais competentes, qualificados e acima de tudo, atualizados por conta da competitividade. Ou seja, quanto mais um colaborador possui habilidades, mais requisitado ele passa a ser 

E é fácil entender uma das razões para querer se desenvolver cada vez mais – basta observar o cenário corporativo. 

Se, há algumas décadas, ter disposição era atributo suficiente para conseguir uma oportunidade de emprego, hoje, as coisas são bem diferentes. 

Um estudo da Career Builder, por exemplo, mostrou que, para 77% dos empregadores, as soft skills – um dos tipos de competência que podem ser desenvolvidos – são tão importantes quanto os conhecimentos técnicos. Ou seja, ainda que a formação profissional tenha um peso significativo, outras habilidades também são equivalentes na balança.

A Metodologia 70:20:10 embora seja utilizada, necessita evoluir

Com sua paternidade questionada até hoje, o modelo 70:20:10 é polêmico e confuso, embora bastante utilizado no meio acadêmico, justamente por deixar dúvidas de como foram feitos os procedimentos de pesquisa para se chegar a essas proporções.

A sua distribuição é uma aproximação genérica e arbitrária que não atende universalmente a todos os públicos. Também, porque é aplicável como um modelo de aprendizagem no ambiente de trabalho, enquanto que suas conclusões derivam de estudos que tinham a finalidade de compreender a aprendizagem de adultos de uma forma mais ampla e de explicar o sucesso na carreira de executivos.

Em síntese, o reconhecimento da experiência como aprendizagem foi evidenciada pelas correntes da aprendizagem de adultos e do construtivismo.

Por que se deve absorver novos modelos de aprendizagem?

A medida em que o mundo evolui e tem como base os processos individuais de todos os segmentos, é primordial que novos modelos de aprendizagem devam ser absorvidos, principalmente como parte da jornada do conhecimento, tendo como base o lifelong learning.

Em sua concepção, o lifelong learning tem como premissa a inserção de atualização em metodologias, que levem em consideração as características sócio-emocionais de cada indivíduo e tragam pilares como:

       Competências para a vida pessoal e profissional;

       Protagonismo do aluno;

       Desenvolvimento de novas posturas;

       Colaboração e construção;

       Engajamento;

       Nova proposta de valor;

       Visão empreendedora e transdisciplinar do conhecimento;

       Geração de ideia e conhecimento;

       Foco na aprendizagem.

Esses são apenas alguns tópicos que o conceito lifelong learning se justifica à nova construção do aprendizado.

Isso porque temas como a “Universidade do Futuro” já estão em pauta, inclusive nas discussões sobre a mudança na transmissão de conhecimento e formação dos profissionais, uma vez que a tendência é que cada vez mais essas ações sejam virtuais.

As novas tendências da educação

Através do caminho de evolução de aprendizagem que falei até agora, novas tendências estão se sobressaindo nas metodologias educativas que, sem se aprofundar muito por enquanto, posso destacar alguns conceitos como Autonomia, Microlearning, Learning Experience (LXP), Ferramentas Digitais para Área de Recursos Humanos, Learning Management System (LMS) e Gamificação.

Todos esses conceitos, estão agregados na era da Educação 5.0, cuja tendência é apresentar novos designs, cenários e metodologias de aprendizagem.

Isso é necessário, pois acreditamos que o consumo de conhecimento mudou vertiginosamente, assim como cremos que possamos evoluir em rede como um diferencial competitivo ao longo da vida e que podemos e devemos contar com uma curadoria como centro de desenvolvimento.

Na aprendizagem personalizada, dois pilares se tornam fundamentais para a transição do processo. Na aprendizagem colaborativa, ela vai ao encontro da teoria sociocultural, o qual o homem é um ser social que por meio da interação aprende com outras pessoas. Sendo assim, a interação social é essencial para o desenvolvimento cognitivo dos indivíduos, uma vez que é mediadora desse processo. 

Na aprendizagem cooperativa, é estimulado o trabalho em equipe, onde os membros do grupo participam mutuamente com esforços cooperativos, conseguindo, dessa forma, enfatizar a aprendizagem natural e estruturada. Essa metodologia só acontece efetivamente em grupos em que trabalham juntos, criando a sua própria situação de aprendizado.

Ainda dentro das novas tendências da educação, podemos destacar algumas características que são fundamentais dentro dos pilares como a necessidade dela ser flexível e fluida, social e emocional, ter gestão e autonomia do conhecimento, ser personalizada e flexível, relevante e satisfatória, autônoma e adaptativa, ativa e significativa, além de ser descentralizada dos espaços de aprendizagem.

Pilares do lifelong learning

O desenvolvimento de novas habilidades está entre os motivos mais relevantes na adesão ao lifelong learning nas novas metodologias de ensino.

Isso porque as competências ajudam a proporcionar resultados expressivos nas atividades, especialmente as que são relacionadas ao trabalho.

Nos pilares do lifelong learning que se adequa à nova realidade educacional para o futuro, estão:

Aprender a conhecer – Que envolve o prazer pelo processo e que requer curiosidade, reflexão, postura questionadora e pensamento crítico, com o objetivo de construir o conhecimento autônomo.

Aprender a fazer – Que lida com a expansão da aprendizagem que ocorre por circunstâncias distintas, ou seja, a prática que faz com que o conhecimento se torne um hábito.

Aprender a conviver – Que é caracterizado pela interação com outras pessoas, permitindo o aprimoramento do conhecimento. Ou seja, significa que qualquer tipo de troca tem o poder de promover o aprendizado.

Aprender a ser – O último pilar do lifelong learning suporta a ideia de que é preciso aprender a ser, ou seja, se trata de desenvolver autonomia para aprender coisas novas, formar autorresponsabilidade sobre o aprendizado e que, com isso, seja descoberto o seu próprio potencial.

Novas metodologias nascem tendo o lifelong learning como braço de estruturação

Com o advento das novas metodologias que devem ditar o futuro da aprendizagem, o lifelong learning traz luz à metacognição, que é a capacidade do indivíduo de conhecer-se a si mesmo e de regular a própria aprendizagem, planificando estratégias para cada situação para aplicá-las facilitando a sua própria educação.

Com essa base, novas metodologias surgem com base no processo do Design Research ou o PBL (problem based learning), que tem como fundamento o aprendizado baseado em projetos, relacionando a construção do conhecimento à investigação e proposta de soluções para situações reais.

Entre as metodologias, quero apresentar nos próximos textos, três criadas por mim e que se baseiam no conceito de lifelong learning, que prioriza a autonomia e a individualidade do aprendizado de cada um, tendo como objetivo a evolução pessoal no sentido do aprender e a consciência que, a ação desse aprendizado não termina nunca, ou seja, se renova e dá continuidade ao longo de toda a jornada pessoal.